quinta-feira, 5 de agosto de 2010

calibragem de sentidos.

O reflexo da minha indecisão. não consigo ver outra coisa, toda a divergencia entre minha tolerância e minha vontade de explodir me deixa completamente em guerra com meus sentimentos. Toda vez ele não cansava de ler Shakespeare naquele corredor da biblioteca. Ala B corredor 7- livros científicos- que fazia ele parecer um alienado por física aquântica. Era só Shakespeare. Como se viesse importar um livro antiquado e velho, era só Shakespeare. Nem os mais abrasileirados e clássicos livros da rica literatura brasileira, só Shakespeare. E em cada esquina me vinha esses pensamentos que pra mim eram intragáveis. Como só Shakespeare? e como fica os outros? ou a outra. esperando só uma pequena oportunidade de seus olhos se desviarem de Hamlet, e olhar um pouquinho- talvez a quarenta e cinco graus a sua direita- para o lado e veria ali, tão gracioso e suculento. Melhor que qualquer outro- não melhor, mas o mais bem intencionado e o mais prestativo e comunicativo- livro. e empurrara a poeira do corpo para que seu título reluzisse com o reflexo da luz fraca do corredor. Mas não tirava os olhos de Shakespeare. Ele declamava do seu jeito como se fosse o antônimo de tudo.O que eu vi que algo de errado havia naquele angu. Então parei de me preocupar com a poeira ou as folhas amareladas e resolvi escrever sobre suas encenações e seus suspiros de alívio quanto mais seus gritos silenciosos de desespero. Era como uma peça contraditória sem eira nem beira, um livro sacudido com todas as letras embaralhadas. Então me completei. terminei de escrever e vi que havia sentido. Era o desespero ináudivel pela busca de um amor ionconsolavelmente não correspondido incoscientemente. Um asperoso engano, amarga diretriz. Que sucedia um leve choro de decepção por sua apresentação tola e eufêmica. Era impressionante quantos sentimentos poderiam ser expressos num só parágrafo. Meu surdo poder de percepção era ímpar a sua magnitude. Aquilo era abrasivo. Começei a pensar no porquê das lágrimas ou dos susurros de dor, mesmo abrasando. Essa estreiteza de sentimentos que ele sentia. Sempre pensei no que eu queria. Eu queria que me lesse, isso queria que me lesse, não perguntas se sou bom ou se caibo bem a sua mochila, só me leia. Leia em mim o que vi em você, todas as divergências desapareceriam e essa escassez que sente talvez se preencheria. mais do que passos ou entonações ou até sussurros, entenda tudo e depois leia mais até seus dedos se cortarem com as folhas afiadas e seus lábios secarem de tanto umidece-los com a língua e até se cansar de si mesmo. Porque ninguem se cansa de si mesmo a menos que o seu eu seja outra pessoa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ipês.

Me lembrava doces manhãs de primavera, aonde resolvia ressaltar seus lábios com a cor vermelho. O que eu gostava, por sobresair sua pele esbranquiçada. Me puxava a andar de bicicleta naquele extenso tapete de asfalto. E era estranho por me lembrar sol, gostava das manhãs nubladas, naquela brincadeira de pique esconde, aonde o sol se tornava luz e paz as cinco da matina mas se estreitava entre as finas camadas de nuvem o que me fazia lembrar também que preferia os algodões doces cor-de-rosa por em certo dia que marcou nossos encontros estar com uma fita rosada no cabelo, mas que só de bons olhos percebera, pois seus cabelos finos e medianos escondiam tal enfeite que só se embelezava por sua ternura e delicadeza, o rosa fazia jus. Era rara as vezes que não impressionava, mesmo com seu olhar meio despercebido, era só chegar perto pra saber o porquê de uma pequena moça prender a atenção de seus olhos. Burguesa assim não encontra em qualquer lugar, com pensamentos paleozóicos, não desencantava o sorriso, até aperfeiçoava sua idealização de si mesma. Como se fosse uma pedra preciosa e extinta de qualquer mão maldosa ou traiçoeira, ledas mãos humanas. Pobre, nem os mais puros do universo, ou os mais descolados das ruas sabiam o que era ter um amor assim. O olhar que se escondia atrás dos óculos largos, era fatal. E tentasse descobrir o que tais olhos negros escondiam, sua vida difícil não desmanchava o sorriso que desenhavam de pincel fino seus lindos lábios. Sempre perspicaz,  não me deixava escapar as brincadeiras de inteligência surreal. Um lance esquisito de troca de olhares, me fazia entender o que sentia através de uma piscada, um olhar. Assim fui conhecendo a garota, ou se assim melhor dizendo, a mulher que se escondia atrás daquele rosto levemente arredondado. Quando começei a entender toda essa estranha realidade, foi até estonteante perceber seus significados, seus enigmas, começar a ver o caminho do seu labirinto de vida. Quando brincava com a comida, e quando seu olhar estava disperso, quanta cantarolava, quando me olhava. Estava tudo escrito no seu olhar, e as vezes nos seus lábios. Com letras distorcidas e até um pouco deturpadas.
    A verdade é que depois de cinquenta anos, eu ainda vejo aquela menina de pele lisa que sempre sorria com as minhas surpresas significativas, Marilha.

sábado, 26 de junho de 2010

Assim.

    Minha mãe esses dias estava lendo um livro que me chamou atenção eu não sei o por quê, acho que fosse por falar sobre amor, não histórias de amor em si, mas sobre o amor. Daquilo vi pequenas letras num papel amarelado virarem grandes prédios e grandes significados saltarem das páginas e dançarem sobre minha mente me fazendo ver a veracidade das coisas, tão simples. Estava ali, na minha frente.
     Eu podia não ter um caso de amor desses inigualáveis, podia não ter aquele galã charmoso da novela em meus braços, eu podia até não ter a beleza de Vênus, mas eu tinha ela. Assim pequena, frágil, magnífica, sensual, sempre sentada a ler algo, ou escutando suas músicas épicas. Ali quietinha, encolhida adormecida mais perfeita que um anjo. Eu não encontrava defeitos, apesar de ser um tanto quanto difícil, eu lidava como se fosse a mais compreensiva, a mais integra, a mais perfeita, era quase um anjo. Tão simétrica, eu sabia que eramos invejados por ser tão certo, tão alinhado, parecia um quebra cabeça finalmente montado, ou um vestido vermelho adequado a um encontro a dois, nem as metades das laranjas eram tão bem encaixadas como nós. Sentir seu corpo encostar no meu, cansado pelo dia, recostar, dormir. Assim mesmo, sentir-se segura e aconchegada em mim, pobre de mim, tão pequeno também não merecia tanto amor. Às vezes me sentia tão inútil, por não saber agradecer pelo seu amor, era quase sem palavras ser amado por alguém assim.
    Nesse livro que fitei por várias vezes, resolvi folhear algumas páginas. "O amor não se trata de um sentimento, mas sim de uma decisão." É vero, muitas coisas que cheguei a passar ao lado dela, foram decisões, eu decidi amá-la. E às vezes me vinha pensamentos a passar como um filme um tanto antiquado, vezes, vezes que iamos observar as pessoas passearem, vezes que iamos fazer passeios, assim clichês. Eu lembrava seu rosto me olhar com um sorriso que parecia mais uma pintura, totalmente adequada, de uma burguesa, seus olhos brilhando. Eu daria muitas coisas pra saber o que se passava em sua mente naquele momento. Até quando sofria, quando sofria de amor, de tristeza, de problemas, de mim. Até quando sofria, eu a amava. E eu também sofria por não saber o que fazer.
     Quando brincávamos de Pierrot, meu lindo Pierrot, me sentia uma Colombina às avessas. Não era algo carnal, eu não queria tocá-la, não queria beijá-la, queria ela pra mim. Assim pertinho. Como um só. Advinhando os pensamentos um do outro, continuando a observá-la dormir, ver suas sardinhas parencendo que cada pintinha foi colocada no lugar certinho, com muitíssima exatidão. Me inspirava a tudo, a escrever, a cantar, a rir, a conversar. Parecia que eu tinha um porto seguro, alguém que me segurasse caso caísse. Ela não substituia, nem se colocava no lugar de ninguém, era ela, tinha um lugar dela em mim.
      Eu não queria que nada disso tivesse acontecido, que nada tivesse esfriado, que ninguém tivesse estragado, que ninguém tivesse invejado, que ela não tivesse parado de me amar. Porque eu sei. E sei porque tenho certeza do que sinto, eu sei, que ninguém nesse mundo, absolutamente ninguém, irá amá-la como meu coração a amou. Nem todos os Pierrots do mundo irão repôr o espaço dela que ela deixou. Porque a Colombina às avessas ainda espera ela, sem dor, sem magoa, só ela com sua malinha de roupas e sua caixa de discos. Eu ainda espero pelo meu Pierrot tão branco, assim espero ouvindo as mais lindas canções de amor do mundo tentando imaginar como seria cantar pra ela, novamente, ver seu sorriso me fitar com seus grandes olhos e ainda querer dar muitas coisas pra tentar advinhar o que uma pequena pessoa pode ter dentro de uma mente tão extensa e encantadora.

sábado, 19 de junho de 2010

A divergência eloquente.

-Você já ligou?
-já.
-Ele está doente, não vai poder vir.-
Foi a única coisa que ele me disse. A verdade é que dessa vez ela resolveu escrever sobre sentimentos e não uma história que possa virar um comodismo a preferência de alguém que lê esse blog. A verdade é que disso tudo me divido em mil partes, mil vontades, mil e um sentimentos. Mas se bem organizados em duas partes resta. Uma parte quer que isso passe logo, e outra parte quer está ali, exatamente ali. Observando, expira, inspira, expira, inspira, ele mudou de lado...devia estar desconfortável debruçado sobre o braço direito. Essa outra parte que adora ver o tempo passar queria que tudo desse certo rapidamente assim como um pulo a rachadura pra felicidade ou uma chave a maçaneta perfeita. Forte expressão, mas as vezes me fazia pensar que essa outra parte de mim queria tudo certo e lento, como uma grande conquista ou um destape a todos os sentimentos bons que talvez ele guardasse a alguém que realmente merecia saber, assim como um presente, de seus mistérios, independente do tedioso ou aventureiro, era mistério. E se fosse isso tudo, a outra parte tinha a folga de sombra fresca, só esperava pela parte dos olhos apaixonados e dos corações latentes explorando os sentimentos e desvendando aqueles mistérios que mencionei, os espíritos se encontrando como algo errôneamente clichê, mas ainda com aquela esperança meio que subentendida por eles. Não, não que a outra parte não quizesse, mas era de se admitir que na situação que me encontrava, parte de minha mente estava flutuando , e a outra metade estava exatamente com ele. Acho que isso ele não via nem ao menos percebeia mas daria mais que meu salário pra saber exatamente como minha mente me traia com ele. Mas não traição dessas que se assisti em qualquer lugar. Era como se metade de mim desmandasse tudo que eu pedia, e se ordenasse mas rebelde se tornava, eu tentava controlar. A verdade é que a única coisa incomum que fazia essas duas partes tão divergentes e distantes estarem num corpo só, era o fato de estarem, não numa paixão mas ainda não se concretizando num amor, e sim estarem admiradas pela pessoa que ele era. E não se havia muito a admirar, não era o tudo que uma mente humana imagina. supérflua. Era o tudo simples e bonito que me orgulhava de saber que alguém tinha se salvado dessas tribos malucas e desenfreadas que se organizavam, ou mais fácial se baguçavam, em pleno século XXI. Ele era, e é, o que essas partes precisam para se aquetarem e se aconchegarem dentre seus braços, não magros como desejava, mas adequados o bastante pra elas pararem com esse pé de guerra e entrarem em um acordo de paz. E finalmente eu tranquilizar parte de minha mente que flutuava e descobrir como a outra parte me traía.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pequena Clarice.

Eu gosto dos cafés, é o cenário perfeito para os filmes franceses.- pensava um pouco enquanto olhava para fora da vidraça do café, ou olhava seu reflexo. Ela tão esquecida nos lugares, gostava de andar como as européias. Já se sabia dessa influência terrível que ela tinha de fora. Sua mente mentecapta oscilava diversos pensamentos sobre o que estava lendo, sobre o que havia visto, sobre a mesa estava o café. O café que escorria pela caneca e enodoava o pratinho que protegia a mesa de seus desastres.Seu pé esquerdo deslisava a ponta sobre o piso emadeirado, enquanto seus ombros arfavam levemente onde eu tinha a leve impressão de seguirem o compasso da música do lugar. Seus lábios, que não me expressavam nada, se recontorciam parecendo estar anciosa para que a música acabasse, ou talvez estivesse no clímax do romance. O triste é que eu sabia que era tudo em vão, ele morria no final. Parecia uma boneca de porcelana. Ali, sentada, quieta, com os olhos fixos, e quase imóveis, naquele livro grande e velho. E tinha até receio de tocá-la com o medo de desmanchar sua tão fina e frágil pele. Ás vezes eu tinha impressão que sua pele refletia a luz do sol que se disperssava entre os prédios da cidade grande. Parecia estar em paz, parecia que seu espiríto flutuava de tão quieta que estava. As gotas de água, o presságio da chuva, destilavam na vidraça do café, deturpando a pele esbranquiçada de seus ombros nus. " Às vezes fico alienada com medo dessa comparação com o que eu escrevo. Não sou uma espécie de Clarice Lispector do futuro, ou um Caio Fernando, nem mesmo um Érico Veríssimo. O que escrevo desejo o reconhecimento por características minhas. Me dedico demais as palavras para serem dadas ao mérito de alguém já reconhecido pelo seu valor...". Enquanto gotejava mais lá fora, ela espalhava os guardanapos na mesa, como um surto, ajeitou o casaco, pegou a bolsa com céleridade e saiu ajeitando o guarda chuva. Fiquei até com medo de que ela derretesse naquela chuva impetuosa. Não me contive, sentei em seu lugar, numa tentativa estapafúrdia de tentar entender o que ela sentia em todo o momento que eu a fitei. Os guardanapos manchados pelos respingos do café, me pareciam mais um desabafo. Parecia hoje, estar frustrada pelo fato das pessoas se acharem auto suficientes ao ponto de larga-la, pelas pessoas se encherem com uma porcaria de conhecimento que só servirá para o seu próprio ego, enchendo o cérebro de informações que pouco lhes serviram para algo útil, e no final de tudo o caráter e o bom senso da maturidade, serem esquecidos, pelo fato delas se sentirem pessoas inteligentes, ela gostava usava palavras duras, com uma entonação mais forte, o que me fazia pensar que era mais sorridente em dias que seu pé direito encostava o chão gelado de seu apartamento. Ela estava realmente confusa. Mas só escrevia em todos os guardanapos que não queria ser uma Clarice, só queriam que soubessem com exatidão, que todas suas palavras, expressavam o que não podia tocar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Lex Deux Moulin

Ela continuava a dizer com o amigo enquanto colocava um gole de wisky na boca
- Eu sempre achei que vocês deviam mudar essa concepção ridícula.
Ele terminava com as batatas e olhava tão fixamente pra ela que parecia que seus olhos iam saltar de seu rosto magro e pálido, empurrando-se nas olheiras fundas meio arroxeadas, e grudar nos lábios dela que se mexiam conforme a letra da música -He doesn't look a thing like Jesus- Ela aumentava um pouco mais os susurros nas partes que mais gostava.
- Eu não entendi.
Ela olhou pra ele, empurrou mais um gole de wisky e pegou uma batata, mastigou-a como se fosse um chiclete que estava preste a cuspir, mas de boca fechada.
- São loiras, as mais altas, olha roupa dela está na moda! ai meu Deus quanto estilo! Olha ela deu mole pra mim, aposto que fico com ela essa noite! - Ela era tão sarcástica quanto os olhares escrupulosos e invejosos da garçonete  enquanto ela fazia caretas que parecia mais uma mistura de tédio e cansaço do que de beleza e charme como a garçonete invejava.
Ele olhou pra ela com um olhar que parecia que no meio de toda a escuridão que transparecia na sua testa, havia surgido um ponto de luz.
-Está falando de garotas? ele parou por um momento de comer a batatas.
-Estou falando de não entender porque vocês persistem em querer uma mulher muito 'bonita' mas burra como uma porta, se existe raras mulheres que transparecem a inteligência, e a sabedoria, e o ótimo humor. Pra mim vocês são preguiçosos.
Ele ergueu uma sombrancelha quase formando um ponto de interrogação.
-Preguiçosos?
-Sim! preguiçosos, se parassem de olhar pra onde lhe é mais coveniente e mais fácil,o exterior, veriam que mais que o exterior tem mulheres mais surpreendentes que essas, que já de cara, já se prevê tudo que ela pode fazer. O jeitinho tentando impressionar, ou o jeito espalhafatoso tentando chamar atenção, dar em cima sem ao menos pedir licença ou ser chata porque ser 'bonita' já é o suficiente.- Ela terminou com o longo gole que mostrava que estava se alterando.
- Eu não sei, acho mais bonito as mulheres de cabelo curto.
-Eu prefiro estar só no meu apartamento, dentro do meu quarto, deitada na minha cama, com as luzes apagadas, imaginando que o cara que não é tão preguiçoso assim está deitado no travesseiro ao lado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

you know that something because you're scared.

Se encontrar num lugar. me encontrar neste lugar, estar neste lugar só. não necessariamente só. mas estar com aquele sentimento de que você pode vizualizar dois quadros no que poderia ser, e no que realmente é. e ver que a realidade é bem mais chata, e dura. Isso te irrita. Isso me irrita. E as vezes te dá uma vontade de gritar gritar, ou não. Ou só largar todos seus conceitos, e suas regras e ser igual ao papel fajuto que a sociedade protagoniza. Ser a famosa garotinha dos cabelos longos e loiros com a voz forçadamente baixa e sensual, com a roupa que normalmente que a moda mais sobre sai. e tentar ser diferente por fora, como todos fazem. Ser igual na suposta dieferença. E daí você finge que essa vontade passa rápido mas lá no fundo ela ainda incomoda, porque ser o que você realmente é não é uma das coisas mais fáceis daqui. Você não tenta, não força, só é. E isso tem o preço bem merecido. Você é julgado ou simplesmente ignorado.
    Você continua só. sai só. come só. lê só. e tudo continua normalmente estático. O café esfria, seus pés também esfriam por estar tempo demais parada. você termina de estudar, e vai andar pela casa. andar. sem estar pensando nada. Mas se surge um pensamento inconclusivo e estupido,você ri só. eu rio só. As suas músicas, só você ouve. E só você não sabe toca-las. eles nao tocam pra você. eles tocam pra elas. você deita e se vê olhando pro teto imaginando estar flutuando pela cidade ou simplesmente ter saido de onde passa pelo menos 5 anos da sua vida trancado. E as vezes surge aquela pergunta, porque? e entao que nem uma bola de tinta esse ponto de interrogação estoura e vários pingos se espalham pela sua mente te fazendo milhares de perguntas. Isso te frustra. me frustra. não tem respostas. Espere. Um segundo só. você conseguiu responder. isso te assusta, me assusta. porque você é o que é até agora? e não deixou de ser aquilo que te irrita, ou irrita a mim? e porque está nesse caminho, e será que você não esta sendo igual aos que você ridiculariza? Tem uma resposta pra tudo isso. o segredo é quê.