segunda-feira, 22 de março de 2010

de tão simples me cai bem.

Vitrine nunca gostou de amigos."Eles te amam, você os ama mais, e eles provam que o amor deles é maior, dai você se esforça e dá o pâncreas pra ama-los mais, até que ama mais e eles te olham como uma pessoa que tem uma cicatriz no lado direito da barriga e te esnobam e vão comprar balas com outros." , deliciava um bom café enquanto dizia. " nunca acredite nisso". e como não acredito? não acreditando. e foi a bela burrice se enfiar na minha cabeça e se casar com a ignorancia de achar que nada daria certo. eu tinha que quebrar a cara certo?ser provada o contrario, ser contrariada! NÃO. nem sempre é assim. você fuça a vida dos outros como alguém quer encontrar algo perfeito, ou bom o bastante. quase nunca acha, afinal ninguém é bom o bastante pra você certo? é, eu sei que sim. até que você vê alguém ao seu padrão um tanto quanto bonito, pintoso e talvez bem educado. não custa nada tentar, ela olhava e queria só achar algum defeito. e de amizade nem se pensava. afinal maldita a internet que ilude as pessoas de terem algum dia um contato com outra pessoa a pelo menos 740 km de você. então na mania de brincar de joga-conversa-fora sem pestanejar um sentimento pelo outro tão longe, deixou que ficasse nessa fingição desgraçada. e quão desgraçada. não se parou pra pensar sequer um momento naquilo que havia dentro dele. e não havia nada, tão burra ignorância. talvez nem havia nada dentro dele mesmo. provavel. mas nada que um bom sentimento de dor e traição e uma vontade ridícula de desabfar num simples : vitrine diz: oi. e tudo foi saindo como cuspes. como algo que se entala numa garganta e se não cuspir desce arranhando. como um prego, ruffles, ou uma casca de pão. E dela surgiu uma coisa que apertava seu coração, que lembrava muito um sentimento de culpa. por ser tão hostil e negligente. mas na verdade ela desconhecia o que sentia, e se sentia, sentia com um sorriso no rosto, sem ao menos perceber. e sem nem se sentir estranha. pois um pouco de sentimento nas palavras e lhe mandou algo com, uma palvra nova, apreensão.e nem percebeu que havia mudado e uma pontinha de esperança teria se colocado em todo seu corpo em sentidos e caminhos diferentes. ela continua a não acreditar em amizades por internet. afinal ela afirma tê-lo visto em algum lugar. como um deja vu.

quinta-feira, 11 de março de 2010

eu sou laranja e você laranja escuro.

é parecemos ser tao iguais, no jeito na risada e nas besteiras, mas não. não temos absolutamente nada a ver. eu vi isso. ah nós tinhamos. tinhamos sim, você tem razão Ed. tinhamos muito a ver. mas algo mudou. algo foi mudando por dentro de nós e nao sei o que foi e muito menos sei se foi pra bom ou pra ruim. Sabe eu fui me sentindo machucada pelo seu jeito esnobe de dizer como pensava. e eu fui me retraindo e me sentindo totalmente divergente nesse relacionamento, que pensava eu, que duraria mais. é, é isso. eu nao quero dar adeus. não tenho pra quem dar um novo hello. dá pra entender o que eu digo? unf. você esta mais mudado. sei lá. nao somos iguais. ta ja disse isso. deixa eu ser mais explicita. eu sou diferente de mais da metade das pessoas do mundo. quer que eu seja mais explicita? ah santo Deus eu estou tentando não me pressione, não seja hostil ok. eu sou um tanto quanto antiquada. gosto do jeito natural das coisas. Sou antiga, gosto de romantismo, e eu nunca tomaria a iniciativa de ir a um homem e me apresentar. Você já vive num mundo evoluido, se adapita com o que o mundo impoe sobre você. eu gosto de ver as coisas de um modo mais privado, acho que você acaba vendo que as vezes o mais rigido tem lá seus porquês. e você? você gosta do liberal, pode tudo com todos a qualquer hora. e ponto final. mas não um simples ponto final, é um daqueles que se olha de cima tentando humilhar e ridicularizar a minha simples conclusão do que vi ou que achei que vi. aah, nao me venha com essas coisas de podemos respeitar um ao outro. não existe isso. você vai acabar sempre me magoando e me deixando como a vilãzinha da história. Sabe, você era mais modesto. eramos quase uma cabeça só. não um clone. mas as perspectivas. o modo de ver as coisas. o que adianta pensarmos na mesma opção de encontro ou na mesmo filme do cinema pra se ver, você nunca vai pensar como eu quando pedir pra que você não me toque sem termos um compromisso duradouro, você não vai pensar como eu quando eu falar que não é divertido se embebedar e sair fora de si falando e fazendo besteiras. eu cheguei a conclusão disso tudo que não estamos prontos um para o outro, você é livre demais pra uma moça comportada como eu. me desculpe, mas chega um dia em nossas vidas que nós escolhemos que ideais que devemos seguir e escolhemos o que queremos pra nossa vida e pra que ou quem queremos viver. e bem nessa hora nós, de maos dadas, levamos um tombo, eu fui pra um lado e voce pra outro. eu quero muito que esse caminho se una lá na frente. ah, eu nasci na década errada. é por isso que tenho estado mais longe e as vezes muito perto estou tentando me acostumar que quase nunca na minha vida vou encontrar pessoas que não tenha mudado sua cabeça com essa década maluca.

terça-feira, 9 de março de 2010

ser o que é difícil entender, urrum clichê.

O difícil das palavras é que nem sempre elas dizem o que pensamos em escrever. Diz o velho Dirceu ao lembrar de sua juventude que tinha sido um tanto difícil. -Meu caro filho a vida não é tão ruim assim, não lamente. Na sua idade você não pode confiar em ninguém, ou então dê seu sangue aos que imploram sua dor. As pessoas passam por isso. Eu passei também se não acredita, e vou te contar pra ver como foi pior. Nunca fui de ter amigos, ninguém nunca foi bom o bastante pra me agradar. As pessoas mentem, roubam forjam, te enganam, não existe amigos de verdade nesse mundo. Mas existe os persistentes que mesmo errando lutam para manterem um relacionamento bom entre vocês, você só precisa deixar sua sensibilidade ligar ao seus sentidos querido. Bom, eu devia ter uns 15, nunca fui bom em números, sabe sempre andei com com um, mas ninguem, meus amigos nunca foram de colegial. Eu nunca discuti, a base de tudo era uma conversa franca, até que tudo começou a se tornar mais difícil. Os conceitos, as mudanças, o orgulho. ÓBVIO, não foi num semaninha, o tempo foi indo e levando um pouco de desaforo, orgulho, omições até que a carga foi ficando pesada pra quem andava com esse tempo maldito que deixava-nos carregar essas aflições. Eu e meus namoricos, era de tirar boas gargalhadas. é, eu minto mal. era muito esperto, conseguia sempre saber de tudo. as pessoas nao escondem a verdade. elas só dobram em várias partes e guardam no olhar. o rosto é o seu inimigo para mentiras. e como nossa geração nunca foi lá pros ramos de cinema, estamos mais ferrados ainda, acredite. eu tive um caso, que não durou muito tempo mas, ela era linda. sua pele branca, macia me tirava o fôlego e seu corpo magro e estreito me era bem cômodo. Vulnerável e frágil não demorou muito pra termos algo mais intímo, se é que me entende garoto. Mas foi rápido, logo algumas semanas após o começo de nossa história eu fui vendo o quanto a garota cor de Paris era egocentrica. isso pra mim explicar mais da metade de suas aitudes superfluas e infantis. Mas não foi só isso. durante esse relacionamento de poucas semanas tive de apresentar a parisience fabulosa a único "um" que me acompanhava, meu amigo José. eles eram colegas, afinal o antisocialismo não era seu forte. é, e não era mesmo. Depois que terminei com ela, coloquei uma placa no café onde trabalhava no centro " Proibida entrada de francesas e ninfomaniacos". ah não faça essa cara, a piada foi boa sim. bom, eu proibi a entrada do meu café, mas o josé não proibiu a entrada do seu quarto. Ele até me havia dito que estava ate mais amigo dela. eu me irritei, é claro. eu sabia a meretriz que ela era. mas meu amigo nunca me deu ouvidos em questao de amor. se é que com ela, pode-se dizer amor. Mas é incrivel como as pessoas sempre acham que as pessoas são mais burras que elas. eu sempre detalhista, eu sabia que não era só aquilo. mas não dei ouvidos a minhas duvidas. e pra que não dei? eu era que nem eles, adorava ser enganado. eu sempre gostei de visitar meu amigo nos finais de semana, eu não tinha tempo livre o suficiente. Eu resolvi fazer uma surpresa, arrumei as malas e fui fazer uma noite de amigo na casa dele. aluguei os melhores filmes. lógico, ou ahca que iamos passar a noite sendo chicoteados de filmes tediantes? ou baralho, fazia isso de manha com os de idade muito mais avançada que a minha, na época. como sempre tinhamos uma a chave do outro, afinal não sabiamos quando a casa poderia pegar fogo certo? resolvi lhe pregar um susto daqueles. e na hora que me vem a cabeça de abrir a porta, já abrindo. nem mais nem menos. ele se assustou como pensei. já era de madrugada e estavamos morrendo de rir da vida dos outros nossos colegas, lhe derrubei um copo enorme de refrigerante no corpo sem ao menos ver, e foi direto ao banheiro tomar um bom banho. estava um tédio e então fui ver as suas correspondencias. incrivelmente tinha mais de 20 cartas abertas. e todas para josé. ele sempre odiou correspondencias, a curiosidade e o receio me pregaram nos olhos. fui ler, nunca fomos de esconder nada. eu ate emprestava minhas roupas a ele e o mesmo acontecia comigo. cartas de amor, tinha de ser. cartas de amor explicito. eu fiquei muito impressionado afinal, ele nunca havia me dito que flertava alguém, eu quase ia me esquecendo , o remetente, pensei. A parisience. eu pensei em milhões de coisas pra falar a ele na hora, e até me deu vontade de esbofetear a cara daquela francesa maldita. mas nessas horas nada melhor do que um doloroso e infeliz silêncio. guardei as cartas, liguei para um táxi, guardei minhas coisas e fui embora. nós pensamos que quando passamos por coisas ruins sempre seremos frios e fortes. mas eu fui a maior criança de todas. quando cheguei em casa chorei até meu rosto se desfazer nas minhas lágrimas. era mais que um amigo, um irmão de vida. era ter que deixar o amigo morrer na estrada e continuar sozinho. bom depois daquilo surpreendetemente eu fui tranferido para outro estado, porcausa do trabalho do meu pai. antes de eu sair da casa do josé eu lhe escrevi uma carta que tinha mais ou menos uma tres paginas. eu nem lembro o que eu escrevi naquela hora. mas de uma coisa estou conciente até hoje, eu escrevi na ultima pagina " O tempo passa rápido, quando você menos espera tudo já se desfez sem ao menos você poder dizer que essa cena foi como uma tarde de primavera num pic-nic com seus íntimos. deixar que tudo aconteça é um descaso, e parar pra ver se acontece é desgastante. nesta página não existe o cômodo." que irônia não? eu falando de atuar.